quinta-feira, agosto 11, 2011

Posted by Licenciatura-UFV on 10:40 No comments
O trabalho é uma categoria chave para enteder as relações sociais, quando falamos em trabalho logo assimilamos a idéia de uma sociedade dividida em classes, com uma complexa divisão social do trabalho. No sistema de produção atual, a saber, o capitalismo, essa categoria é, infelizmente, valorizada a partir de seu status econômico definido socialmente.
Nessas sociedades altamente complexas, a sociedade se divide em classes que não compartilham das mesmas condições de viver o mundo, dessa forma alguns individuos dentro da sociedade acabam sendo prejudicados e explorados. É nesse contexto que surge o conceito de greve, uma palavra de origem francesa grève, referente ao Place de Grève em Paris, a margem do rio Sena, local onde trabalhadores e desempregados realizavam reuniões insatisfeitos com as condições de trabalho - podemos pensar com isso, que esse momento de ruptura na "solidariedade orgânica", momento em que essas relaçoes entram em atrito, quando os  trabalhadores (nunca conformados, porem estagnados) em determinados contextos se sentem mais prejudicados e porvocam um desajuste na  interação social  empregrado X patrão - No Brasil, o movimento grevista tem inicio em 1917 com a greve geral, causada por reinvindicações por melhores condições de trabalho.
A greve é um dispositivo democrático assegurado pelo artigo 9º da Constituição federal Brasileira de 1988.

"Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. § 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. § 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei."


A greve dos trabalhadores da educação teve inicio no dia 8 de junho de 2011, reinvidicando o projeto de lei 11.738/08, que visa instituir o piso salarial profissional nacional do professor, porém o governo se nega a abrir negociações, assim, em uma assembléia realizada nesta terça-feira, dia nove, onde sete mil pessoas estiveram presentes, foi deliberado pela permanência da greve por tempo indeterminado.
O governo, em uma postura "fura-greve", além de se recusar a negociar com a classe dos professores, anunciou a contratação de professores substitutos para o terceiro ano do ensino médio.

Enquanto isso, no primeiro dia de fevereiro deste ano entrou em vigor o novo salário dos parlamentares, aprovados por eles mesmos, na ultima assembléia de 2010, sem necessidade de greve alguma. O aumento foi de 61,83% nos salários dos próprios parlamentares, de 133,96% no valor do vencimento do presidente da República e de 148,63% no salário do vice-presidente e dos ministros de Estado.





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