segunda-feira, setembro 26, 2011

Posted by Licenciatura-UFV on 10:32 No comments

Somos a história da história. Como agentes causais, fazemos história todos os dias de nossas vidas. Quando olhamos para o passado, percebemos mais claramente a respeito das coisas que hoje existe e que de certa forma tem uma ligação com as ações das pessoas numa época anterior, isso por que a sociedade se move dinamicamente norteada por esse fluxo constante de vivencias acumuladas e construídas ao longo do tempo.
Nessa ultima terça-feira (20-09-11), discutimos com a turma do primeiro ano do ensino médio da Escola Estadual Effie Rolfs o tema proposto pela apostila: “A produção sociológica brasileira”. Nessa aula os alunos foram convidados a pensar sociologicamente sobre o processo histórico da formação da sociedade brasileira; como se deu esse encontro étnico sociocultural dos grupos de pessoas com diferentes visões de mundo e sobre a importância dos autores clássicos nacionais para o estudo sobre sociedade brasileira. A luz dos clássicos Durkheim, Weber e Marx, já abordados como conteúdos de sociologia para o primeiro ano, convidamos esses alunos a refletir sobre os clássicos nacionais (Euclides da Cunha, Gilberto Freyre e Florestan Fernandes) que melhor retratam nossa realidade social, convidando-os a pensar de forma sociológica nossa sociedade passada, presente e futura e dialogando com os conceitos e métodos de analise social estudados pelos clássicos internacionais.
Considerando como um ponto inicial para que os alunos pudessem ver com clareza o assunto abordado em sala de aula (a produção sociológica brasileira), começamos por fazer um recorte histórico sobre o processo de colonização do Brasil, com ênfase nessa ocasião, ao conceito “Etnocentrismo”, ou seja, no ideário da superioridade da raça branca que permitia justificar a escravidão de índios e negros e também o extermínio de muitas pessoas nativas da terra Brasil e negros trazidos de varias regiões da África em condições precárias e desumanas.
Falamos com esses jovens sobre a idéia do racismo construído como uma “fabula das três raças” (branco superior, índios sem cultura e negro sem alma) no processo histórico do Brasil, que de certa forma, apresenta-se como uma herança indesejada e causadora de males sociais nos dias atuais. Portando, quando ‘e estabelecido as relações sociais com base em preconceitos que se justifica dizendo existir um lugar para cada coisa e que cada coisa deva ficar em seu lugar; assim uma diferença social que existe hoje com base em crenças de um grupo que se percebe não simplesmente diferente, mas superior em relação aos outros gera o que chamamos de “preconceito social”. Esse preconceito pode ser verificado hoje, embora muito tenha mudado.
Como exemplo de racismo adicionado a esse caldeirão de miscigenação verde e amarela, que herdamos da visão atrasada de povos europeus que não conseguiam a ver no exótico o familiar e no familiar o exótico, no diferente o simples diferente, e na pigmentação da pele e nas características humana a sua formidável e diversificada variedade de uma mesma espécie. Reportagem
Em síntese, podemos dizer que para os estudantes do primeiro ano do ensino médio foram estimulados à desnaturalização da idéia de preconceitos de raça, cor, religião, opção sexual, classe e tantos outros que ainda existe/convive na sociedade brasileira. O objetivo foi o de fazer com que os alunos pudessem refletir sobre suas ações em relação ao outro diferente e com sua particularidade de ser.
Um exemplo desse pensamento racista e preconceituoso - mas, ao mesmo tempo de como o senso comum mudou em relação ao valor das pessoas (na atitude do policial) – pôde ser notado em são paulo alguns dias atrás. Assista a reportagem:
http://www.youtube.com/RB3njDUdLzU

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